Maioria das montadoras de carros elétricos da China podem quebrar até 2030

julho 19, 2024
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Maioria das montadoras de carros elétricos da China podem quebrar até 2030


A indústria de automóveis eléctricos da China, considerada a maior do mundo, enfrentará um grande desafio até ao final da década, com muitos fabricantes de automóveis ameaçados de falência. Pelo menos é o que sugere um estudo recente da consultoria AlixPartners.

A pesquisa prevê que apenas 19 das 137 marcas de origem chinesa terão algum lucro até 2030, forçando fechamentos e uma concorrência cada vez mais acirrada no segmento.

As marcas chinesas de carros elétricos irão à falência?

  • Atualmente, é difícil imaginar que a previsão se concretize. Contudo, a reviravolta já começou;
  • A Tesla e a gigante chinesa BYD, por exemplo, têm travado uma guerra de preços na China nos últimos anos;
  • Para acompanhar a tendência e permanecerem “vivos”, outros fabricantes mais pequenos também reduziram as suas margens de lucro;
  • Para contextualizar, o preço médio de venda de um carro elétrico na China caiu 13,4% em 2023;
  • O diretor administrativo da AlixPartners, Stephen Dyer, disse em uma entrevista ao Bloomberg que a guerra de preços continuará enquanto grandes empresas como a BYD tiverem margem extra, causando o fim de diversas marcas.
  • Muitos serão forçados a mudar de estratégia, concentrando-se apenas numa pequena fatia do mercado automóvel, acrescenta o relatório.
carro chinês
A força da China reside na sua capacidade de criar veículos mais baratos, avançados em tecnologia e design e mais eficientes na construção, acrescenta o estudo. Imagem: SkazovD/Shutterstock

A rápida ascensão da indústria automóvel chinesa também gerou alarde no Ocidente, com os governos a acusarem a China de minar a concorrência. A União Europeia impôs tarifas de até 38% este mês sobre os veículos eléctricos chineses, enquanto os EUA anunciaram em Maio que iriam quadruplicar os direitos aduaneiros.

A China, por seu lado, acusou esta semana os EUA de implementarem políticas “discriminatórias e protecionistas” e negou que as suas políticas industriais sejam injustas. Barreiras comerciais rigorosas também significam que as marcas chinesas só deverão atingir uma quota de mercado de 3% na América do Norte até 2030.

Consulte Mais informação:

A China ainda deve controlar o mercado global de veículos

Ainda assim, a China poderá controlar 33% do mercado automóvel global até 2030, de acordo com o relatório Global Automotive Outlook publicado em Junho. Grande parte desse crescimento virá das vendas fora do país.

O domínio deverá ser ainda maior nos veículos elétricos, com previsão de 45% das vendas globais até o final da década.

Mulher falando na loja BYD
O relatório cita ainda a vantagem chinesa no tempo de desenvolvimento, criando novos modelos na metade do tempo dos rivais (em média 20 meses contra 40). (Imagem: Lewis Tse/Shutterstock)





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