Uma nova variante do coronavírus está se espalhando pelo mundo e colocou as autoridades de saúde globais em alerta. Chamado de XEC, foi registrado pela primeira vez em junho deste ano, na Alemanha.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a variante está “sob monitoramento” desde setembro. Apesar da rápida disseminação, a entidade não considera a situação preocupante. No Brasil, o XEC circula desde setembro em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Variante é mais transmissível
A classificação “sob monitorização”, dada pela OMS, tem a ver com mutações, que podem conferir vantagem de crescimento relativamente a outras estirpes em circulação. O médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP e ex-presidente da Anvisa, explica que essas variantes surgem de tempos em tempos porque o vírus está em constante mutação.
O especialista avalia que a nova variante já pode estar em muitos outros estados do Brasil, justamente porque o país não faz vigilância genômica para monitorar o impacto da chegada de novas cepas do coronavírus. A consequência é uma maior disseminação do vírus aqui também.
Os sintomas são semelhantes aos de outras variantes do coronavírus: febre, dor de garganta, tosse, dores no corpo, perda de olfato e apetite. A prevenção deve ser feita da mesma forma, com higienização das mãos com álcool 70 e uso de máscara em locais com aglomeração.
Lembrando que as vacinas existentes também são eficazes contra a nova variante. Por isso, é fundamental manter o calendário vacinal atualizado. As informações são de Jornal USP.
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A linhagem está sendo monitorada
- O XEC deriva da variante Omicron e é resultado da recombinação genética entre cepas que já estavam em circulação.
- Este evento acontece quando uma pessoa é infectada simultaneamente por duas cepas diferentes de vírus.
- Neste caso, pode haver uma combinação dos genomas dos dois agentes infecciosos durante a replicação viral.
- O genoma XEC, que contém segmentos dos genomas das linhagens KS.1.1 e KP.3.3, também possui mutações extras que podem facilitar sua propagação, segundo a Fiocruz.
- A OMS afirmou que a variante está sob monitorização devido a mutações no seu genoma que podem impactar o comportamento do vírus e também porque tem visto sinais precoces de uma “vantagem de crescimento” em comparação com outras variantes do coronavírus em circulação.
- Os primeiros casos foram registados na Alemanha e a estirpe espalhou-se rapidamente pela Europa, Américas, Ásia e Oceânia, com pelo menos 35 países a reportar infecções, incluindo o Brasil.
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