Substância encontrada na gema de ovo pode combater Parkinson

outubro 29, 2024
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Substância encontrada na gema de ovo pode combater Parkinson


O ovo é considerado um dos alimentos mais completos que existem. No entanto, pode trazer alguns benefícios que ainda não são totalmente conhecidos pela ciência. Pelo menos é o que indica um novo artigo.

O trabalho destaca os efeitos da Palmitoiletanolamida (PEA), substância encontrada na gema do ovo e que tem ação que pode ser comparada aos canabinoides, compostos químicos extraídos da planta Cannabis. A vantagem desse outro composto, porém, é que ele pode ser vendido sem necessidade de prescrição médica.

Substância atua como analgésico e antiinflamatório

De acordo com artigo escrito por Fabricio Pamplona, ​​​​doutor em Farmacologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e publicado em A conversaa substância demonstrou ser eficaz como analgésico e antiinflamatório. Além disso, tem apresentado resultados promissores no tratamento de gripe, esclerose múltipla, glaucoma, endometriose, acidente vascular cerebral, Parkinson e diversas outras doenças.

A substância tem efeito sobre a dor (Imagem: wavebreakmedia/Shutterstock)

A palmitoiletanolamida (PEA) foi descoberta há mais de 60 anos como um nutriente biologicamente ativo presente na lecitina de soja (suplemento extraído do óleo dos grãos da planta), na gema do ovo e na farinha de amendoim. É sintetizado no corpo em vários tipos de células, incluindo células do sistema imunológico, neurônios e células gliais (conjunto de células do sistema nervoso central que sustentam e nutrem os neurônios), especialmente em resposta a estímulos como inflamações ou lesões.

Segundo o autor da obra, trata-se de um “canabimimético”, substância que imita os efeitos dos canabinóides endógenos (produzidos pelo próprio corpo) e Cannabis no corpo, interagindo com os mesmos receptores e vias metabólicas, sem ser derivado da planta. A diferença, porém, é que o composto é produzido na gema do ovo e em algumas outras fontes naturais, o que o torna relativamente fácil de obter em concentrações mais elevadas.

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Palmitoiletanolamida apresentou resultados promissores em estudos realizados com pacientes com Parkinson (Imagem: SpeedKingz/Shutterstock)

Resultados promissores no tratamento de doenças neurodegenerativas

  • A palmitoiletanolamida foi identificada pela primeira vez como um componente ativo que bloqueava a anafilaxia articular passiva, uma reação alérgica grave, em porquinhos-da-índia.
  • Estudos subsequentes demonstraram que a substância reduziu os sintomas virais e gripais, embora esses benefícios ainda sejam amplamente ignorados pela comunidade científica, segundo o autor do artigo.
  • Outros estudos também confirmaram que a suplementação de PEA pode oferecer efeitos como redução da dor, efeitos antiinflamatórios e neuroprotetores, além de melhorar sintomas associados a transtornos depressivos, entre outros.
  • Não há registro de eventos adversos causados ​​pela ingestão da substância.
  • Recentemente, pesquisas concluíram que a Palmitoiletanolamida pode reduzir significativamente os sintomas de pacientes com Parkinson, além de ter grande potencial em terapias de reabilitação neurológica.
  • Benefícios também foram observados em pessoas com esclerose múltipla.
  • Nestes casos, a PEA foi capaz de reduzir a inflamação, aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.





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