Enorme erupção teria inspirado uma das pinturas mais famosas

setembro 19, 2024
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Enorme erupção teria inspirado uma das pinturas mais famosas


Muitas vezes, as obras de arte podem ser usadas para contar episódios importantes da história humana. Segundo um grupo de pesquisadores, é exatamente isso que acontece com uma das pinturas mais famosas do mundo. O grito, do norueguês Edvard Munch, retrataria a explosão do vulcão Krakatoa, uma das maiores erupções da história moderna.

Céu laranja e orelhas cobertas

  • A teoria é reforçada pelas datas.
  • A pintura foi pintada em 1893, enquanto a erupção remonta apenas dez anos antes.
  • Isso significa que a obra de arte e a explosão do Krakatoa são contemporâneas.
  • Segundo esta hipótese, o artista teria visto os efeitos da enorme erupção nos céus de Oslo, capital da Noruega.
  • Assim, ele teria se inspirado na cena para reproduzir as assustadoras nuvens alaranjadas que aparecem no quadro.
  • Os cientistas também apontam que Munch olhou para sudoeste, exatamente a região onde teriam surgido os crepúsculos do Krakatoa no inverno de 1883.
  • Por fim, acreditam que a figura retratada na imagem tapa os ouvidos devido ao som provocado pela explosão, considerada um dos acontecimentos mais barulhentos da história.
Vulcão desapareceu e deu origem a um novo Krakatoa (Imagem: Uprising/Creative Commons)

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A erupção foi uma das maiores da história

Em 1883, a erupção do vulcão Krakatoa, na Indonésia, e os tsunamis que causou mataram pelo menos 36 mil pessoas. A explosão também liberou uma enorme quantidade de dióxido de enxofre (SO₂) na atmosfera.

Essas substâncias foram transportadas pelos ventos, causando reações químicas subsequentes. Isso resultou em um aumento na concentração de ácido sulfúrico (H2APENAS4) nas nuvens Cirrus, que passaram a refletir com mais intensidade a luz do Sol.

O resultado foi uma queda de 1,2°C nas temperaturas médias no Hemisfério Norte no verão daquele ano. Além disso, o pôr do sol permaneceu laranja durante meses. Foi exatamente essa visão de Edvard Munch que inspirou o artista a criar o cenário apresentado em sua famosa obra.

O fenômeno cessou lentamente, à medida que todo o ácido sulfúrico caiu em forma de chuva ácida. Apesar disso, o céu só voltou ao normal em fevereiro de 1884, quase um ano após a erupção.

Representação da erupção do vulcão Krakatoa (Imagem: Shutterstock AI/Shutterstock)

Outra consequência da explosão do Krakatoa foi um dos maiores ruídos já registrados no planeta. Pelos cálculos, o pico de som gerado ultrapassou o limite de dor humana, que é de 130 decibéis. A erupção foi tão poderosa que pôde ser ouvida a cinco mil quilômetros de distância e fez com que algumas pessoas perdessem a audição.

Embora o pintor provavelmente não tenha ouvido esse barulho, já que morava a mais de cinco mil quilômetros de distância, ele pode ter ouvido relatos de outras pessoas em outras partes do mundo que ouviram esse som assustador. Nesse caso, isso teria servido de inspiração para o fato de a figura central da pintura estar tapando os ouvidos.

É importante destacar que esta teoria não é unânime entre a comunidade científica. Apesar disso, as explicações parecem enquadrar-se nas consequências causadas por esta mega erupção que marcou a história do nosso planeta.





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