Terremotos podem formar pepitas de ouro gigantes, diz estudo

setembro 3, 2024
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Terremotos podem formar pepitas de ouro gigantes, diz estudo


Um mistério que intriga pesquisadores há décadas foi finalmente revelado por um novo estudo. Os pesquisadores descobriram como os terremotos desencadeiam o processo que forma enormes pepitas de ouro.

Formação de pepita

  • A equipe explica que o ouro se forma naturalmente no quartzo, o segundo mineral mais abundante na crosta terrestre depois do feldspato.
  • Mas, ao contrário de outros tipos de depósitos do material, os encontrados no quartzo geralmente se aglomeram em pepitas gigantes.
  • Essas pepitas flutuam no que os geólogos chamam de veios de quartzo, que são rachaduras em rochas ricas em quartzo que são periodicamente bombeadas cheias de fluidos hidrotérmicos das profundezas da crosta.
  • Até agora, porém, os cientistas não sabiam o que causava a formação de pepitas tão grandes.
  • As informações são de Ciência Viva.
Terremotos estão ligados ao processo de formação de pepitas gigantes (Imagem: DestinaDesign/Shutterstock)

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O papel dos terremotos no processo

Os fluidos hidrotérmicos transportam átomos de ouro das profundezas e os liberam através de veios de quartzo. Isto significa que o ouro deveria, teoricamente, espalhar-se uniformemente nas fendas, em vez de se concentrar em pepitas. Esses grandes materiais formados são excepcionalmente valiosos e representam até 75% de todo o ouro já extraído no mundo.

Duas pistas ajudaram os pesquisadores a resolver o mistério. A primeira foi que as maiores pepitas ocorrem em depósitos orogênicos de ouro, que se formam durante os terremotos. A segunda foi que o quartzo é um mineral piezoelétrico, o que significa que cria a sua própria carga elétrica em resposta ao estresse geológico, como o estresse gerado por terremotos.

Os cientistas descobriram que os terremotos fraturam as rochas e forçam os fluidos hidrotérmicos a entrar nos veios de quartzo, enchendo-os com ouro dissolvido. Em resposta ao estresse sísmico, os veios de quartzo geram simultaneamente uma carga elétrica que reage com o ouro, fazendo-o precipitar e solidificar.

Pepita de ouro (Imagem: Phawat/Shutterstock)

Para testar esta ideia, a equipe simulou o efeito de um terremoto em cristais de quartzo em laboratório. Eles submergiram os cristais em um líquido contendo ouro e replicaram ondas sísmicas para gerar uma carga piezoelétrica.

O experimento confirmou que sob estresse geológico, o quartzo pode produzir uma voltagem grande o suficiente para precipitar o ouro da solução. A simulação também mostrou que o ouro solidifica preferencialmente sobre depósitos de ouro em veios de quartzo, o que ajuda a explicar a formação de grandes pepitas de ouro.

Os resultados do estudo, no entanto, não dão aos geólogos e às empresas de exploração novas pistas sobre onde extrair pepitas de ouro. Por outro lado, agora será possível reproduzir pepitas grandes em laboratório.





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