Um estudo publicado recentemente em Microbiologia Atual deu uma boa notícia para os amantes de queijo: alguns queijos brasileiros contêm cepas de bactérias saudáveis e seguras para consumo.
Na análise, a equipe descobriu que os microrganismos presentes nos produtos são probióticos e protegem contra patógenos. Além dos benefícios à saúde, as bactérias também melhoram a qualidade dos produtos.
Pesquisa analisou bactérias presentes em alguns queijos brasileiros
O trabalho foi realizado no Centro de Tecnologia de Lácteos (Tecnolat) do Instituto de Tecnologia de Alimentos, em Campinas (SP). Três cepas de bactérias do gênero Lactobacilos foram selecionadas do banco de cepas do Centro, que abriga bactérias lácticas isoladas presentes em queijos brasileiros, como prato e minas.
A escolha baseou-se em estudos anteriores que já haviam indicado as propriedades fermentativas, enzimáticas e sensoriais do Lactobacilos. Cristian Mauricio Barreto, pesquisador que participou do trabalho, explicou ao Agência FAPESP Como foi a análise:
- Após selecionar as linhagens de queijos brasileiros, a equipe obteve o genoma completo para avaliar as propriedades;
- Depois foram realizados testes em vitro para confirmar a segurança das bactérias e propriedades probióticas;
- Com essas informações em mãos, o grupo analisou as propriedades tecnológicas das cepas, criando queijos como parte de um teste. Cada um deles teve a adição de uma das três cepas de Lactobacilos;
- Em seguida, eles analisaram os resultados.
Queijos brasileiros são seguros e saudáveis
A análise dos queijos brasileiros produzidos pelo grupo comprovou que as cepas de bactérias são seguras para consumo humano, possuem propriedades probióticas e forte efeito inibitório contra alguns patógenos presentes em laticínios.
Segundo Barreto, a bactéria também ajudou a reduzir compostos voláteis indesejáveis durante a maturação dos queijos, o que contribui para a diversificação e qualidade dos produtos com mais de 25 dias de maturação.
O pesquisador explicou que ainda é preciso aprofundar alguns resultados, como a redução da deterioração e o efeito de patógenos em decorrência da adição de bactérias.
Barreto explicou que a pesquisa contribui para atender às demandas do setor queijeiro brasileiro, normalmente dominado por grandes multinacionais.
Embora esses gigantes do setor tenham culturas microbianas bem estabelecidas, ele defende o desenvolvimento de negócios locais com capacidade de produzir queijos brasileiros competitivos, que atendam à demanda do público e ainda sejam diferenciados em qualidade e sabor.
Consulte Mais informação:
Porém, antes de aplicar as bactérias em nível industrial, a pesquisa ainda precisa se aprofundar nas análises. Barreto explicou:
Ainda precisamos realizar testes em modelos animais e, posteriormente, ensaios clínicos, para atender às exigências regulatórias. Essas análises são demoradas e caras.
Cristian Mauricio Barreto, pesquisador que participou do estudo, em entrevista ao Agência FAPESP
empréstimo empresa privada
consulta bpc por nome
emprestimo consignado caixa simulador
seguro cartão protegido itau valor
itaú portabilidade consignado
simular emprestimo consignado banco do brasil
empréstimo consignado menor taxa