Comida na geladeira está estragada? Invenção brasileira é solução

julho 18, 2024
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Comida na geladeira está estragada? Invenção brasileira é solução


Identificar alimentos estragados na geladeira pode ser uma tarefa complicada. O dilema de guardar ou não os alimentos na geladeira envolve questões de saúde e desperdício (a famosa “pena de jogar fora”). Pensando nisso, pesquisadores brasileiros criaram um dispositivo que ajuda a determinar em tempo real quando um alimento está ficando impróprio para consumo.

São biofilmes à base de amido que controlam o estado de conservação dos alimentos. A intenção é garantir que o consumidor se sinta seguro ao comprar alimentos em supermercados, por exemplo, e evitar desperdícios. O mesmo vale para os empreendedores na hora de vendê-los.

Invenção brasileira ajudará a monitorar alimentos estragados

A invenção é um esforço conjunto de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Invenção brasileira usa gases para identificar alimentos estragados (Imagem: Reprodução/IQSC-USP)

O aparelho funciona como um verdadeiro “nariz artificial”, identificando em tempo real se o alimento está estragado (ou estragando). Funciona assim:

  • Os biofilmes têm o tamanho de um botão e são desenvolvidos a partir de matérias-primas abundantes e de fácil acesso, como fécula de mandioca (fécula de mandioca doce), água e glicerol (um tipo de álcool);
  • São produzidos com corantes que mudam de cor ao entrar em contato com gases liberados por alimentos estragados, como enxofre e nitrogênio;
  • Esses gases são emitidos à medida que os alimentos começam a se deteriorar e causam reações químicas no biofilme que provocam alterações de cor, que são facilmente interpretadas visualmente.
Biofilmes de amido de milho têm o tamanho de botões (Imagem: Reprodução/IQSC-USP)

Biofilmes podem ser usados ​​para controle de qualidade em mercados

Uma possível aplicação da invenção é em embalagens ou sensores em contato indireto com alimentos. Assim, os operadores de supermercados, por exemplo, podem verificar de forma fácil e rápida se o alimento está adequado para consumo antes de colocá-lo à venda.

Testes do dispositivo em frango, porco e carne bovina comprovaram sua confiabilidade. Porém, como os biofilmes mudam de cor de diferentes maneiras dependendo do gás com o qual estão reagindo, Danilo Manzani, um dos autores do trabalho, recomendou Jornal USP dispositivos são usados ​​lado a lado para maior confiança.

Representação da invenção brasileira que ajudará a identificar alimentos estragados
Representação de como ficam as cores em contato com gases alimentares (Imagem: Reprodução/IQSC-USP)

Consulte Mais informação:

Solução para comida estragada custa centavos

A invenção não é cara, o que pode facilitar a adoção por consumidores e proprietários de empresas alimentícias, como supermercados.

Um pacote de 500 gramas de fécula de mandioca doce, um dos principais ingredientes, por exemplo, custa cerca de R$ 10 – e produz mil biofilmes.

Segundo Flávio Petruci, também participante da pesquisa, já existem outros biofilmes semelhantes no mercado. A vantagem da invenção é a integração com “narizes artificiais” que monitoram em tempo real e fornecem resultados visuais de alimentos estragados, facilitando a interpretação.

Os pesquisadores ainda não sabem quando a invenção estará disponível comercialmente, mas estão abertos a firmar parcerias para acelerar sua chegada às prateleiras.





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