Se há uma coisa que todos sabem sobre Vênus é que é um planeta completamente hostil à vida. Não é à toa: é conhecido por ser o planeta mais quente do Sistema Solar (com temperaturas que chegam a 460°C) e, com sua atmosfera coberta por nuvens de ácido sulfúrico, não é difícil entender por que é inabitável.
Mas novas informações podem mudar ligeiramente esta visão do planeta de cor acastanhada.
Através de observações feitas com o espectrômetro SOIR (Solar Occultation in the Infrared), instrumento da sonda espacial Venus Express da Agência Espacial Europeia (ESA), os pesquisadores identificaram um aumento inesperado em duas moléculas derivadas da água: hidrogênio (H2O) e deutério (HDO). ).
Esta descoberta explicaria melhor porque é que o planeta tem uma distribuição de água num ambiente que se sabe ser bastante seco e quente.
Água em Vênus
“Vênus é frequentemente chamada de gêmea da Terra devido à sua semelhança em tamanho”, diz Hiroki Karyu, pesquisador da Universidade de Tohoku, no Japão, e coautor do estudo.
Apesar das semelhanças, Karyu destaca que os dois corpos celestes evoluíram de maneiras muito diferentes. “Ao contrário da Terra, Vénus tem condições extremas na superfície.”
Com os novos dados, os investigadores explicam que Vénus pode ter tido a mesma quantidade de água que a Terra, devido ao aumento inesperado de duas variantes de moléculas de água na mesosfera de Vénus: hidrogénio (H2O) e deutério (HDO).
Historicamente, aceita-se que Vénus e a Terra inicialmente tinham uma proporção semelhante de ambas as moléculas.
No entanto, a proporção observada na atmosfera de Vênus é 120 vezes maior em comparação com a da Terra, indicando que houve um enriquecimento significativo de deutério ao longo do tempo.
A principal razão para causar esse enriquecimento é a radiação solar, que decompõe os isotopólogos da água na termosfera, resultando em átomos de hidrogênio (H) e deutério (D).
Por ter uma massa menor, os átomos de hidrogênio escapam facilmente para o espaço. Assim, a proporção entre as moléculas aumenta gradativamente.
O fator mais importante nesta análise é que, para identificar as quantidades de isótopos de água que estão escapando para o espaço, é necessário medir suas quantidades em uma altura onde a luz solar possa quebrá-las, o que ocorre acima das nuvens de ácido sulfúrico, ou em altitudes acima de 70 km.
Com o novo estudo, os pesquisadores descobriram que a relação entre H2O e HDO aumenta em altitudes entre 70 e 110 km, atingindo níveis 1.500 vezes superiores aos encontrados nos oceanos da Terra.
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